Parentes contam que operários mortos adoravam a construção civil

Parentes contam que operários mortos adoravam a construção civil

Um amor de 20 anos teve como despedida apenas um beijo na testa. Para não acordar a companheira Eliete Alexandrino dos Santos, o armador de construção civil Antônio Reis do Carmo, 62 anos, nas primeiras horas de segunda-feira, deixou a humilde casa da família em Nazaré do Jacuípe, distrito de São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador, para trabalhar durante a semana na Construtora Segura. Quando o marido a beijou, Eliete, que ainda dormia, apenas balbuciou um desejo de “bom trabalho” e voltou a dormir, sem saber que esse seria seu último contato com seu companheiro. Antônio deveria regressar para casa no final de semana, mas morreu ontem, nos primeiros cinco minutos de trabalho, ao cair com mais oito colegas do elevador. “Ele passava a semana morando em Salvador, em Coutos, e no final de semana voltava para casa. Sábado e domingo parecia que ele estava se despedindo. Brincou muito com a minha filha, que era enteada dele”, contou a viúva.  Leia mais.

 

Fonte: Bahia Repórter