A cada vez que a transexual Maria Fernanda, 26 anos, é chamada pelo nome masculino do registro civil, seja por lapso ou maldade, sua intuição acusa o preconceito. “Às vezes a gente sente que é de propósito. Quando os professores são religiosos, aí é que chamam mesmo”, revela a estudante do 3º ano do ensino médio de um colégio estadual, no Cabula.
“Quando o professor chama pelo nome civil, ele ostenta o preconceito”, reforça a presidente da Associação de Travestis e Transexuais de Salvador (Atras), Millena Passos. O conselho também estendeu o direito às demais pessoas que fundamentem esta necessidade, como, por exemplo, donos de nomes incomuns. A direção da Secretaria de Educação do Estado, que anteriormente se mostrou favorável à medida, nesta segunda não comentou a decisão do conselho, pois ainda não havia sido informada oficialmente. Mas, a assessoria de comunicação da secretaria reforçou que o entendimento do conselho costuma ser seguido.
Arbítrio - Mas a aprovação do parecer não tem força de lei e não pode obrigar os estabelecimentos de ensino a seguirem seu entendimento. Entretanto, é um indicador de qual será a orientação da política estadual sobre o assunto. Para ser obrigatório, o tema teria que ser regulamentado numa resolução do conselho ou por lei estadual.
Fonte: A Tarde






