Carlos Geilson ressalta a alma feminina
Coronel Gilberto lembra a data histórica
Deraldo Damasceno diz que luta não terminou
Sidelvan destaca a valorização da mulher no trabalho
Tavares salienta a quebra de antigos preconceitos
O Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, 8 de março, foi louvado na Assembleia Legislativa através de Moção de Congratulações apresentada por vários deputados. Entre eles, o deputado Carlos Geilson (PTN). "O valor da mulher é deveras abrangente, não se resume apenas no fato de ser ela a precursora da família. Envolve todos os anseios do ser humano – alcançar um ideal, aspirações – sem desfazer daquele elo de magia que envolve a personalidade feminina", afirmou o deputado.
A data foi escolhida pela Unesco (Organização Mundial para a Educação, Ciência e Cultura) para lembrar uma manifestação organizada de centenas de operárias que reivindicavam o direito à licença-maternidade, a redução da jornada de trabalho e salários iguais aos dos homens, em 1857, quando morreram queimadas 129 mulheres em uma fábrica têxtil de Nova Iorque (EUA).
Segundo o deputado, ao longo dos anos, muitas têm sido as vitórias das mulheres. Conquistaram direitos como o de frequentar escolas, votar e se candidatar a cargos políticos, praticar esportes e representar o país em competições esportivas, entre outros. Também foram criadas delegacias de proteção à mulher e campanhas direcionadas à saúde da mulher (como a sobre o câncer de mama), além ocupar todos os cargos nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Carlos Geilson lembrou que, no Brasil, o dia 24 de fevereiro de 1932 tornou-se um marco na história da mulher pois nesta data foi instituído o voto feminino. "As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos nos Poderes da República", completou.
CORONEL GILBERTO SANTANA
Criado em homenagem a 129 operárias que morreram queimadas numa ação da polícia para conter uma manifestação numa fábrica de tecidos, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado na Assembleia Legislativa também pelo deputado Coronel Gilberto Santana (PTN). "Essas mulheres estavam pedindo a diminuição da jornada de trabalho de 16 para 10 horas por dia e o direito à licença-maternidade", lembrou o deputado.
Com uma jornada de trabalho de 16 horas diárias e péssimas condições trabalhistas, muitas operárias morreram indiscriminadamente ao lutarem por seus direitos, ao fazerem greves, ao distribuírem panfletos e ao organizarem as massas. "É claro que as mulheres obtiveram enormes conquistas neste período, mas existe muito mais ainda a ser conquistado em se tratando de seus direitos de igualdade, hoje. As mulheres constituem 30% ‘dos’ chefes de família, mas ganham, em média, apenas 65% do valor dos salários dos homens", explicou o Coronel Gilberto Santana.
Segundo o deputado, a situação das mulheres negras é ainda mais grave, pois chegam a receber salários que representam a metade do valor recebido pelas mulheres brancas. Além dessas condições a que estão submetidas, muitas mulheres enfrentam a dupla jornada de trabalho, porquanto assumem, além do emprego fora de casa, a responsabilidade integral pelas tarefas domésticas e o cuidado aos filhos. "São fatos como esses que fazem desse dia um dia de luta, para que a diferença biológica que distingue um homem de uma mulher não seja justificativa para a intolerância, a opressão, a desigualdade de direitos e diferentes formas de violência a que as mulheres são submetidas", completou.
DERALDO DAMASCENO
As comemorações hoje do Dia Internacional da Mulher ganharam reforço na Assembleia Legislativa com a moção de congratulações apresentada pelo deputado delegado Deraldo Damasceno, onde conta a história de conquistas da mulher ao longo dos anos e a razão de fixar-se o 8 de Março como data internacional.
Em 1908, conta Damasceno, "mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque, reivindicando o mesmo que as operárias de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan ‘Pão e Rosas’, em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida".
"Hoje, as mulheres ainda lutam para conquistar o seu espaço. O preconceito e a discriminação ainda imperam na mente de pessoas indignas, mas a luta não foi em vão, pois nossas mulheres cada vez mais estão conquistando o seu espaço nas grandes empresas e até mesmo na política, garante o delegado Damasceno. Em 1910, conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca decidiu comemorar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
SIDELVAN NÓBREGA
"Nunca devemos esquecer o que motivou a criação desse dia, para que não se pense que é apenas um dia para dá-las as merecidas flores, mas saber que é a oportunidade para conscientizar a sociedade da importância da mulher no lar, no trabalho, na política e prestá-la homenagens por meio de reconhecimento, compreensão e respeito", disse o deputado estadual Sidelvan Nóbrega (PRB) através de moção de congratulações e aplausos protocolada na Assembleia Legislativa pela passagem do Dia Internacional da Mulher.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, 27% dos lares brasileiros são mantidos por mulheres. Preparadas para um mercado cada vez mais exigente, elas se tornaram donas de casa, secretárias do lar, professoras, advogadas, médicas, engenheiras, psicólogas, sociólogas, administradoras, jornalistas, contadoras, mecânicas, políticas, cientistas, exercendo as mais diversas profissões com capacidade e competência.
Apesar das conquistas obtidas, um estudo realizado através da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), no período de 2010-2011, divulgado recentemente pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que ainda há muito que ser feito para que a mulher conquiste melhor inserção no mercado de trabalho.
No último ano, o rendimento das mulheres caiu para 74,4% com relação ao dos homens. A pesquisa apontou que enquanto o salário das mulheres é de R$ 886, o dos homens é de R$ 1.191. O número de mulheres que faziam parte da população economicamente ativa em 2010 era de 906 mil. No ano passado, esse número passou para 893 mil.
PEDRO TAVARES
O deputado acredita que nos últimos tempos a figura feminina vem galgando novas posições, transpondo obstáculos e rompendo velhos preconceitos. "A mulher deixou de ser aquela que cuida apenas do lar e hoje ela vem aliada a uma posição real diante da sua capacidade. Elas têm obtido grandes êxitos nas mais diferentes áreas e ocupações, dando excelentes resultados e contribuições", afirmou ele.
Para Pedro Tavares (PMDB), o conhecido "sexo frágil" vem demonstrando poder para superar qualquer obstáculo e preconceito. Basta olhar ao redor para vê-las no Exército, Marinha, Aeronáutica e em cargos políticos.
"Portanto, o Dia Internacional da Mulher é um marco na história contemporânea, que reafirma todas as metas alcançadas pelas mulheres até os dias atuais", concluiu o parlamentar.