Ações de criminosos levam terror a bancos e clientes

Ações de criminosos levam terror a bancos e clientes

 

Nas últimas 48 horas, ataques a caixas eletrônicos em dois dos principais destinos turísticos da BahiaPraia do Forte e Trancoso – e uma saidinha bancária (segundo indícios do crime) que deixou o músico Paulo César Perrone de Souza Júnior, 32, entre a vida e a morte evidenciaram a fragilidade na segurança pública que ameaça instituições bancárias e clientes.

Enquanto os saques aos equipamentos automáticos multiplicam-se durante as madrugadas, sacar dinheiro do banco nos dias atuais pode ser o mesmo que receber uma sentença de morte.

Nesta quarta-feira, 20, o prefeito João Henrique Carneiro, sancionou a Lei 8.042 que obriga instituições bancárias da capital a instalar câmeras também do lado de fora das agências. O prazo é de 180 dias e a não-instalação implicará em advertência e, em caso de reincidência, multa de R$ 5 mil – se houver persistência, a multa será dobrada.

No último dia 8, o prefeito já havia sancionado a Lei 8.025, determinando “a instalação de divisórias opacas entre os caixas”, espécies de biombos, de forma a “garantir a privacidade do consumidor e cliente”.

As medidas vieram somar-se à legislação que proíbe o uso de celulares nas agências, mas que ainda não foi capaz de interromper a sequência de crimes em Salvador.

Falta de dados - A Secretaria da Segurança Pública (SSP) não dispõe de dados específicos sobre saidinhas bancárias.

Segundo a assessoria de comunicação, os estados só especificam as modalidades de roubos qualificados, como assaltos às agências, carros-fortes etc, deixando de fora a modalidade de roubo aos clientes após os saques, que teve crescimento acentuado nos último anos. A SSP garante seguir orientações da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Com isso, a atenção voltada para atender diretamente às instituições – como a criação do Grupo de Repressão a Roubos a Bancos, órgão do Comando de Operações Especiais (COE) – não tem correspondente na atenção aos clientes. Exemplo é haver dado preciso sobre roubos a bancos na Bahia este ano, entre janeiro e 12 de julho – 28 crimes, quatro por mês, além de 15 explosões de caixas 24 horas no mesmo período.

Uma pesquisa sobre os ataques a clientes demandaria percorrer cada delegacia do Estado, separando entre os registros de roubos quais têm características de saidinha bancária.

 

 

Fonte: A Tarde