Gleisi assume Casa Civil e diz que vai seguir o exemplo de Dilma
Ao tomar posse como ministra-chefe da Casa Civil, nesta quarta-feira (8), no Palácio do Planalto, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que vai atuar de forma técnica, seguindo o exemplo da presidente Dilma Rousseff. Em seu discurso, ela lembrou que foi na Casa Civil, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que Dilma pôde mostrar sua capacidade como gestora.
“Quero seguir o exemplo da presidente Dilma. Como ela, acredito que a política dá sentido à técnica e a técnica dá sentido à política”, disse a nova ministra. “Quero agir como a presidente Dilma porque ela age certo”, acrescentou.
Gleisi assumiu a chefia da Casa Civil em substituição a Antonio Palocci, que deixou o cargo em meio a suspeitas sobre o aumento do seu patrimônio, desencadeadas por reportagem da Folha de S. Paulo que revelou ter o ministro adquirido no ano passado um apartamento por R$ 6,5 milhões em São Paulo. Segundo o jornal, o patrimônio do ministro foi multiplicado por 20 em apenas quatro anos, período em que foi deputado federal.
Política – Além do acompanhamento das execuções dos principais projetos do governo nos demais ministérios, Palocci era o articulador político do Palácio do Planalto. A senadora paranaense, no entanto, assume o cargo com a função exclusivamente gerencial.
No discurso de posse, ela reconheceu que não teria condições de cumprir a dupla função exercida pelo ministro por ser iniciante na política. “Tenho consciência que a escolha não se deve apenas a minha caminhada política”, disse a nova ministra, que é senadora em primeiro mandato.
Dilma, em discurso na posse de Gleisi Hoffmann, disse que a senadora é mais uma mulher no governo da primeira presidente da história do Brasil e justificou sua escolha pela sólida formação técnica e grande gestora e administradora pública que Hoffmann provou ser em todas as funções que exerceu.
Amigos – “Um amigo deixa o governo e uma amiga assume seu lugar”. Com essas palavras, a presidente Dilma Rousseff sintetizou a saída do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e a posse da senadora Gleisi Hoffmann.
A presidente fez questão de externar que, para ela, o momento é triste. Triste por motivos de ordem política, uma vez que o ex-ministro Palocci atuou ativamente na campanha que resultou em sua eleição; triste por motivos de ordem administrativa, pelo importante papel que Palocci “tinha e teria” no governo e triste por questões pessoais, pela amizade construída ao longo de anos.
À ministra Gleisi Hoffmann, a presidente recomendou: “Prepare-se, pois os nossos compromissos são ousados, como é o de manter a economia em crescimento, controlar a inflação, garantir a rigidez fiscal, criar mais e mais empregos, investir pesadamente em educação, fortalecer nossa classe média, distribuir renda e, sobretudo, assegurar que um país rico é um país sem miséria”.
Perfil – Gleisi é filiada ao PT desde 1989. Em 2002, compôs a equipe de transição do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela é mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e assumiu a presidência do PT no Paraná em 2008.
Disputou uma vaga para o Senado em 2006 e concorreu à prefeitura de Curitiba em 2008, mas só no ano passado conquistou a primeira vitória nas urnas. Em 2010, na segunda vez que disputou o cargo de senadora, elegeu-se como a candidata ao Senado mais votada no estado (3.196.468 votos), juntamente com Roberto Requião.
Foi também diretora financeira da Itaipu Binacional e secretária de Gestão Pública de Londrina (PR) e de Reestruturação Administrativa de Mato Grosso do Sul. É advogada e tem 45 anos.
Com informações da Agência Brasil e Blog do Planalto.
Fonte: Bahia Toda Hora