Brasil se despede de José Alencar
Os brasileiros, em meio a muita comoção, deram o último adeus ontem ao ex-vice-presidente, José Alencar, que morreu aos 79 anos, na última terça-feira. O velório do vice-presidente foi visitado por mais de 4.500 pessoas ontem, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, segundo dados da Polícia Militar de Minas Gerais.
Depois, o corpo do político foi cremado no Cemitério Parque Renascer, em Contagem (MG). No local, houve uma salva de 21 tiros de artilharia em homenagem a Alencar. Ele morreu na terça-feira, aos 79 anos, vítima de câncer. No velório no Palácio do Planalto, em Brasília, o público foi de 8.100 pessoas, de acordo com o último balanço da Presidência da República.
Sem esconder a emoção, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou durante a despedida ao “companheiro” que Alencar foi muito mais que um vice-presidente da República. “Ele foi muito mais que um vice, era mais forte que eu”, disse Lula. Ao chegar, Lula deu um forte abraço em Josué Gomes, filho de Alencar, e beijou a testa do vice.
Além de Lula, estiveram presentes no velório em Minas a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o senador tucano Aécio Neves e o ex-presidente Itamar Franco (PPS), entre outros.
Antes de chegar ao palácio, o corpo percorreu as avenidas Antonio Carlos, Afonso Pena e João Pinheiro, em Belo Horizonte, por cerca de 15 km, e a cidade parou para acompanhar o cortejo. Na prefeitura, as bandeiras estão hasteadas a meio mastro em sinal de luto.
Na Base Aérea de Minas, o corpo de Alencar recebeu honras militares e foi conduzido até o palácio em uma viatura histórica, modelo de 1959, utilizada em eventos especiais, como o velório do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985. No Palácio da Liberdade, ele foi recepcionado com honras militares.
Dilma, toda de preto, em sinal de luto, conversou durante alguns minutos com Mariza, viúva do vice, que demonstrava cansaço e abatimento por ter passado a maior parte do tempo ao lado do marido. “Nós todos sentimos muito”, disse Dilma.
Fonte: Tribuna da Bahia