24-06-2011 11:38
Enquanto os soteropolitanos preferiram curtir o arrasta-pé do interior, Salvador foi invadida, no bom sentido, por mais de 50 mil turistas, de acordo com cálculos preliminares da Secretaria do Turismo (Seltur). O levantamento da rede hoteleira aponta uma ocupação de 50% dos leitos na capital. O resultado supera em um terço a ocupação de 38% nos dias da festa, verificada no ano passado, bem como a média histórica de 40%, segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Bahia (SHRBS-BA).
“Do interior, o que nós sabemos é que existem lugares com 100% de ocupação, outros perto disso e que no litoral norte os resultados são excelentes”, aponta o presidente do SHRBS-BA, Silvio Pessoa. Com o crescimento da festa na capital, o dirigente acredita que a Bahia tem hoje um formato de festa que agrada aos mais diferentes públicos. “Temos produtos para o baiano, principalmente no interior, e agora praças importantes como Salvador, Ilhéus e Porto Seguro têm boas festas para oferecer”, afirma, destacando três praças que dispõem de ampla estrutura hoteleira.
A média de 50% na ocupação poderá ser superada no ano que vem, acredita Pessoa. “Os preços da estação são bons, falta investir ainda mais na divulgação do produto”, aponta.
Dados de repasses do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) feitos pelo governo do Estado aos municípios comprovam o aumento da movimentação econômica na Bahia durante os meses de junho nos últimos anos. Até 2008, o mês das festas juninas sempre representou uma queda nos repasses feitos aos municípios baianos.
Consolidação - Em 2009, a conta se inverteu. Com R$ 201 milhões em junho, arrecadação crescendo 9,83%, na comparação com o mês anterior. No ano passado, o salto foi maior: a receita mensal de ICMS dos municípios baianos passou de
R$ 209 milhões em maio para R$ 301 milhões, o que representou 44% de crescimento. A expectativa dos representantes do turismo é por um crescimento ainda maior.
Só nos três municípios com mais tradição de festas juninas – Amargosa, Cruz das Almas e Senhor do Bonfim –, a expectativa é que a festa movimente este ano R$ 25 milhões, de acordo com levantamento da Setur.
Fonte: A Tarde
